junho 29, 2006

falta

há dias em que se sente mais. há horas em que se vê que o tempo passa mas a dor aumenta. hoje penso muito, lembro tudo, procuro confortos que não existem. não doi, não tem que doer. eu sei, mas falta. hoje, nem a melhor lembrança traz sossego. precisas dos abraços delas. sim.

junho 26, 2006

O culto da rotunda...

Com tanta paisagem bonita no nosso Portugal, toda a gente teima em ir festejar as vitórias da selecção à beira da rotunda. Isto intriga-me. Temos parques, praças, jardins, mas a malta insiste toda em ir para as rotundas gritar aos carros que passam. A glorificação da rotunda, essa obra magnífica que Deus criou para, quando a selecção portuguesa participasse em competições internacionais, o pessoal pudesse ir para lá, subir às estátuas e abanar os carros, enquanto entoam vezes sem conta o hino nacional e outros cântigos de futebol.

Aparentemente o futebol é um desporto que move multidões. E, ao que parece, move-as para as rotundas.

junho 21, 2006

Amigos...

Começou o Verão!!

Ciúme

Hoje, por um mero acaso, confirmei uma suspeita de que já me tinham falado. Uma artista norte-americana adaptou uma música dos The Cure, Just Like Heaven. Ouvi, até gostei, mas senti um ciúme voraz. Passei a detestar, porque não se compara, porque perde a paixão e a sobriedade contraditória que adoro.
E então? Até nem está mau, o remake... Mas, nunca vos aconteceu? Sentirem que só vocês leram aquele livro, só vocês ouvem aquela música no mundo... e quando descobrem que não é assim, surge uma sensação de posse ameaçada irritante.
Apropriamo-nos dos significados e pensamos que nos podem ser roubados...
Tolos! Como se assim fosse...

junho 16, 2006

E num momento, és pó.

Se somos inquilinos de uma vida terrena, se o que temos é nada, não percebo qual o motivo de pensarmos que vamos deitar "tudo" a perder, quando o fim diz que pode chegar.
Num longo instante pensei não vos iria sentir mais, não iria sentir mais o cheiro a terra molhada, o aroma forte do iodo do meu mar, o nevoeiro que me irrita no verão, a voz maternal que alenta a escuridão, o sorriso ingénuo do pai, a comparência da mana do coração, a doce maçã no ar, o pensador que diz que é poeta fingidor, filósofo extremista do desgovernado, a gargalhada verdadeira de quem se mascara e um observador que se julga à deriva.

Quando o tudo, que é nada vos diz que acabou. Neguem com firmeza e sussurrem-lhe uma melodia de embalar.

junho 15, 2006

comentário...

Ai que borracheira...

junho 06, 2006

Tenho que desabafar...

Faltam apenas duas (duas!!) semanas para acabar as aulas e, consequentemente, o curso e estou hoje a viver uma situação inédita... Foram feitos muitos, e muitos e muitos trabalhos, perderam-se imensas horas de sonos, ganharam-se olheiras do tamanho do mundo, o cansaço apoderou-se de mim muitas vezes, mas nunca tinha vivido nada assim.

Senhores e Senhoras é com muito desprazer que vos apresento-vos: A minha primeira directa!!!!

(a trabalhar, claro...)

junho 04, 2006

E viva as dietas loucas



Expliquem-me lá como é que se passa disto para isto, em 4 meses!

junho 03, 2006

Uma esquizofrenia de sentidos


Legenda: Há dias em que temos orgulho do nosso país. E outros que nos deixam muito envergonhados.

Cavaco Silva não tem dúvidas...e...raramente se engana!

A resposta que encontrou no Portugal profundo passa pela política de imigração.” Então e a hipotética invasão de Portugal por multidões de imigrantes?

Nota: Não está aqui em causa qualquer quezília partidária ou até mesmo pessoal. A contradição é a questão. Gestores de Comunicação precisam-se. Tudo bem, todos nós nos contradizemos, mas quando se trata de assuntos de escrutínio público, há que repensar nos modelos de comunicação. "O diz que disse" é feio, caros governantes.

junho 02, 2006

Eureka!!

Pois bem meus amigos, lembram-se da eterna questão: Quem nasceu primeiro, o ovo ou galinha? Lembram-se? Pois bem acabaram as suposições, as longas tertulias no café... Os cientistas acabam de revelar a verdade: quem nasceu primeiro foi o Ovo!! Pois é... parece que com os milhões de anos, os ovos de algum outro animal foram evoluindo, tal como os macacos, até darem origem ao ovo que nos trouxe esse simpático animalzinho, a galinha. Pronto, mais um mistério resolvido... Esta ciência teima em retirar todas as dúvidas. Uma pessoa já nem pode especular. Irra!!!

Ok, tenho que partilhar

Estava a Incomparente a acabar de ingerir o combustível necessário para a combustão de energia, criatividade, paciência e dedicação ao teclado, meaning, café, quando é surpreendida pela chamada telefónica de um indivíduo. Este, o jovem L., não contactava a Incomparente fazia vários meses, talvez até um par de anos. Representa um velho conhecido e amigo, de andanças de liceu, acrescento até, de catequese. Simpático como sempre, um moço carismático a quem se reconheceu em todos os momentos força de vontade e disponibilidade para trabalhar, bem como capacidade de ser um amigo para todas as ocasiões. A chamada é atendida pela Incomparente, e depois de dois minutos de troca de informação trivial e alguma actualização, eis que atinge a conversa o ponto crítico. "Sabes, X, vou iniciar este sábado as minhas funções de Relações Públicas na discoteca Y". O silêncio estabelece-se durante constragedores segundos, a sobrancelha esquerda da Incomparente levanta-se e a curisosidade aumenta. Em rápidos raciocínios, a Incomparente desenha uma árvore estratégica de como há-de responder ao jovem, tenta definir qual será a sua reacção e possíveis cenários de resposta. A finalidade deverá ser, de acordo com a identidade da Incomparente, permitir que o jovem exerça estas funções de acordo com o que deve ser. O que dever ser ela bem sabe, já o jovem, tem uma ideia, que nem é má, nem totalmente afastada da realidade, ou, por outro lado, aproximada da pseudorealidade dos nossos conhecidos Relações Íntimas. Assim, a Incomparente responde "Ai sim? Gosto em saber.", calculando que o motivo do contacto não seria apenas para comunicar a nova função, certamente. O jovem L. passa então para a fase de legitimação do assumir das novas funções, argumentando que a discoteca Y, uma das mais frequentadas em todo um distrito do interior do nosso país, necessitava de uma reciclagem e que ele iria contribuir para isso. Vai daí, a Incomparente decide, em termos de forma, como passar a mensagem. Coloca-se então em bicos de pés, engrossa ligeiramente a voz, empina o nariz e desata a falar de como é pertinente a gerência da discoteca Y estar preocupada com a comunicação, recorrendo a termos completamente técnicos da profissão, remetendo para os conceitos de função de gestão, do modelo bidireccional e simétrico da comunicação, a necessidade de acompanhar a envolvente e de estudar os diversos públicos que pertencem ao leque de stakeholders da dita, entre outras questões. Epá, apeteceu-me. A reacção do interlocutor foi inundada de uma profunda admiração, bem como por um reconhecimento desta realidade, demonstrando que algumas destas questões, ainda que numa acepção menos técnica, já tinham vagueado pelos seus planos. Ainda bem. A Incomparente sentiu que o jovem se situou, que teve mesmo a glorificante sensação de que desempenhar a profissão de Relações Públicas é bastante mais complexo, trabalhoso e aliciante do que ele, a sua família e os seus amigos, poderiam pensar. O objectivo final da conversa era então o de convidar a Incomparente a comunicar ao jovem, sempre que quisesse, o seu nome e de demais acompanhantes, por sms, quando estivesse disposta a ir à dita discoteca, visto que ele colocaria estes nomes na sua guest list... Ai! A Incomparente responde, já não com o nariz empinado mas ainda de bicos de pés, que teria todo o gosto em fazê-lo, bem como em fornecer-lhe informação que poderia ajudá-lo a desempenhar com eficácia o seu papel. Na sua humildade (e demonstrando um claro desequilíbrio de posturas, Incomparente com a mania v.s. Senhor L. com humildade), o jovem agradece e reforça a ideia de que espera a visita da Incomparente assim que possível.

Às vezes apetece-me pôr-me em bicos de pés, às vezes apetece-me empinar o nariz, às vezes apetece-me ter muito a mania.
Mas o que conta, é a intenção.

junho 01, 2006

Será?

"É pior cometer uma injustiça do que sofrê-la, porque quem a comete transforma-se num injusto e quem a sofre não." (Sócrates)