maio 05, 2006

Estados de Alma

Existem determinados momentos em que a vida parece demasiado volátil para os sacrifícios a que estamos sujeitos. Para quê lutar tanto se tudo acaba irremediavelmente da mesma forma? Para quê esforçarmo-nos até ao limite se, inevitavelmente, cairemos na eternidade do esquecimento? Todos estes receios e dúvidas estão impregnados em mim e fazem, indubitavelmente, parte daquilo que eu sou, da minha identidade. No entanto, no meio deste pessimismo incontornável existe também uma sede de viver, um desejo imensurável de crescer que me faz abrir os olhos todos os dias e encarar o mundo. Carpe Diem parece-me, actualmente, uma miragem. Mas habita em mim a esperança que estes dias menores mais não sejam que o amargo da vida, para que um dia consiga disfrutar o lado mais doce em toda a sua plenitude .

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